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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Coisas que os seresteiros e cantadores devem saber.

Que Cascatinha & Inhana, marido e esposa, juntos formaram uma das principais duplas sertanejas do Brasil. Suas mais famosas músicas foram Índia(1952) que os levou a um grande sucesso, Meu Primeiro Amor (também de 1952) e Colcha de Retalhos(1959). Sendo usadas por outros artistas até hoje. Em 1954, receberam a medalha de ouro da revista "Equipe" e ganharam o slogan de "Os sabiás do sertão", devido aos recursos vocais e às agradáveis nuances desenvolvidos pela dupla. Em 1953, continuando a trajetória de sucessos, lançaram as guarânias "Assunción", de José Fortuna e Federico Riera, e "Flor serrana", de Daniel Salinas e José Fortuna. A partir dessa época, seus nomes estiveram ligados à música paraguaia. Lançaram 44 LPS.

Que José Dias Nunes, conhecido como Tião Carreiro, ficou conhecido na história como o Rei da Viola, devido a seu gênero musical, conhecido como pagode caipira ou pagode sertanejo. Aprendeu a tocar viola caipira na adolescência, praticamente sozinho, sem nunca ter tido um professor. Isto porque em 1950, com apenas 13 anos, Tião Carreiro trabalhava no Circo Giglio, onde já cantava em dupla com seu primo Waldomiro da dupla Palmeirinha & Coqueirinho. O dono do circo dizia que "dupla de violeiros tinha que tocar viola" enquanto que na época, Tião tocava violão.No mesmo ano, o mesmo circo apresentava em Araçatuba a dupla Tonico & Tinoco. E enquanto os irmãos estavam no hotel, Tinoco havia deixado sua viola no circo e Tião aproveitou para "decorar a afinação escondido".

Que Tonico & Tinoco foi uma dupla sertaneja brasileira, considerada a mais importante da história da música brasileira. Em 60 anos de carreira, Tonico e Tinoco realizaram quase 1000 gravações, divididas em 83 discos. As gravadoras a que eles pertenceram já lançaram no mercado um total de 60 CD´s. Tonico e Tinoco venderam mais de 50 milhões de cópias, realizando cerca de 40.000 apresentações em toda a carreira.

Que Lupicínio Rodrigues foi o inventor do termo dor-de-cotovelo, que se refere à prática de quem crava os cotovelos em um balcão ou mesa de bar, pede um uísque duplo, e chora o amor que perdeu. Constantemente abandonado pelas mulheres, Lupicínio buscou em sua própria vida a inspiração para suas canções, onde a traição e o amor andavam sempre juntos.

sábado, 28 de agosto de 2010

Poema de um caboclo agradecido.

UM CABOCLO AGRADECIDO!

Meu Jesus, sei que Você,
enxerga o meu sofrimento.
escuta o meu lamento,
em todo canto me vê,
e é por isso que vim ter,
um papo franco e aberto,
aqui, nesse céu deserto
no meio desse roçado,
onde um dia fui jogado,
e só hoje eu sei porquê.

Como, aqui, foi meu começo,
nesse meu sertão sofrido,
onde na dor fui curtido,
um trecho que não esqueço.
e só agora agradeço,
o desvelo e o carinho,
que ao longo do meu caminho,

Você dedicou a mim,
que me faz sentir assim,
devedor do seu apreço.

Aqui, ainda criança,
nessa caatinga espinhenta
agressiva e cruenta,
eu plantei a esperança,
eu reguei a confiança,
para o medo afugentar,
e partir pra transformar,
meu sonho em realidade,
vendo que a temeridade,
entrava qualquer andança.


Meu percurso foi extenso,
complicado o meu trajeto,
mas foi esse o seu projeto,
para o meu vagar imenso,
e quando tudo repenso,
eu me sinto envergonhado,
por ter me ajoelhado,
somente na aflição,
em plena escuridão,
com o meu coração tenso.

Eu rezei a vida inteira,
a prece da ingenuidade,
como se na realidade,
existisse uma maneira,
de Deus não vê a besteira,
de cada mancada minha,
que como erva daninha,
sufocava a bondade,
manchava a fidelidade,
de gente tão verdadeira.

Quando o vento da bonança,
soprava a meu favor,,
esquecia que o amor,
era a única esperança,
pra lutar com confiança,
pra crescer com hombridade,
viver com sobriedade,
enxergar em cada irmão,
um elo de união,
o eixo de minha andança.

Eu transformava a prece,
num ato comercial,
num momento crucial,
como se Deus não soubesse,
que o infiel sempre esquece,
o apoio recebido,
que foi por Deus socorrido,
e voltará a se enredar,
preso haverá de ficar,
na teia que ele tece.

E assim deixei passar,
tantas oportunidades,
com minhas veleidades,
não vi Deus sinalizar,
o caminho a trilhar,
sacrfiquei meus amigos,
recusei tantos abrigos,
deixei na lista de espera,
tanta amizade sincera,
que hoje sinto pesar.

E me pego repassando,
cada trecho percorrido,
cada fato ocorrido,
e termino me prostrando,
com o coração sangrando,
e surgem na minha mente,
de uma forma contundente,
os anjos por Deus mandados,
por suas bênçãos guiados,
um por um vou abraçando.

Eu quero pedir perdão,
a Raquel tão dedicada,
que merece ser amada,
com extrema devoção,
que é o meu corrimão,
mas que foi sacrificada,
nessa aventura travada,
onde sonhos tão sonhados,
terminaram sepultados,
por tantas desilusões.

Numa curva perigosa,
que mudou o meu traçado,
num momento delicado,
Raquel surgiu magestosa,
meiga, linda e formosa,
sem perguntar qual o rumo,
nem se haveria aprumo,
no treho a ser percorrido,
e esse amor tão sofrido,
não sucumbe a qualquer prosa.

E Deus me deu duas filhas.
que nessa roda gigante,
nesse caminhar marcante,
enfrentaram nossas trilhas,
suportaram as partilhas,
nossa divisão de dores,
de afagos e amores,
de perdas e sacrifícios,
de temores e suplícios,
percorreram nossas milhas.

Se eu fosse enumerar,
todos os mensageiros,
os anjos missioneiros,
que Deus achou de mandar,
pra poder nos amparar,
certamente eu passaria,
escrevendo noite e dia,
o tempo que tenho ainda,
uma relação infinda,
ainda ia alguém faltar.

E o mais gratificante,
foi o afeto e o carinho,
que marcou nosso caminho,
de forma emocionante,
de maneira tão marcante,
dos amigos verdadeiros,
na Net nossos parceiros,
de ternuras e agruras,
de calores e securas,
nessa vida itinerante.

Se eu pudesse abraçar,
cada um samaritano,
que num gesto tão humano,
vieram nos afagar,
procurando aliviar,
o peso de nossa lida,
sem saber de nossa vida,
tateando eu procuro,
cada rosto nesse escuro,
pra com carinho afagar.

De muitos eu só conheço,
da alma a fotografia,
que brota da poesia,
o mais fiel adereço,
o mais sincero apreço,
que nos faz acreditar,
que nós podemos mudar,
com a força do amor,
essa escala de valor,
tendo o céu por endereço.

E foi esse sentimento,
que Deus pôs no ser humano,
universal, soberano,
um divino lenimento,
que abranda o sofrimento,
a imagem e semelhança,
essa divina herança,
que atrás de um tela,
a força do amor revela,
um elo tão franciscano.

E, assim, só há um jeito,
é de cada um tirar,
do seu ser uma fração,
compondo um grupo perfeito,
livre de qualquer defeito,
pra dizer nesse momento,
que o nosso agradecimento,
é fora de dimensão,
tamanha é nossa emoção,
que não cabe em nosso peito.

Esse grupo foi formado,
e posto em uma moldura,
retocado com ternura,
em nosso peito guardado,
constantemente lembrado,
quando a Deus nos dirigimos,
e pra cada um pedimos,
saúde, paz e amor,
e um zelo protetor,
no caminho a ser trilhado.

Depois dessa cantoria,
Eu ouço Deus me dizendo,
Eu já estava sabendo,
tudo o que você diria,
essa é minha Magia,

Eu estou no seu caminho,
consertando o desalinho,
que a vida lhe aprontou,
mas vendo como lutou,
vou refazer sua via.

E eu volto pro começo,
lá pro meio da caatinga,
procurando uma restinga,
pra partir pro recomeço,
movido por esse apreço,
embora esteja moído,
com o corpo dolorido,
conservei a mente aberta,
sem amarras e liberta,
pra caminhar sem tropeço.

E, agora, só me resta,
Lhe pedir para amainar,
a força do meu penar,
e conceder-me uma fresta,
por onde não haja aresta,
para por ela passar,
e conseguir consertar,
os fios de minha teia,
onde minha alma vagueia,
pra viver o que me resta.

Publicada por amo a poesia em Julho 22, 2008

Autor Bernardino Matos