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sábado, 31 de julho de 2010

A origem da música sertaneja.

Você SABIA?

Que a(s) música(s) caipira e/ou sertaneja são grupos musicais no Brasil associados à música produzida no país, a partir da década de 1920, por compositores rurais e urbanos, outrora chamada genericamente de modas, toadas, cateretês, chulas, emboladas e batuques, cujo som da viola é predominante. O folclorista Cornélio Pires conheceu a música caipira, no seu estado original, nas fazendas do interior do Estado de São Paulo e assim a descreveu em seu livro "Conversas ao pé do Fogo":-"Sua música se caracteriza por suas letras românticas, por um canto triste que comove e lembra a senzala e a tapera" mas sua dança é alegre". Cornélio Pires em seu livro "Sambas e Cateretes", recolheu letras de música cantadas nas fazendas do interior do estado de São Paulo no início do século XX, antes de existir a música caipira comercial e gravada em discos. Sem o livro "Sambas e Cateretês" estas composições teriam caído no esquecimento. Inicialmente tal estilo de música foi propagado por uma série de duplas, com a utilização de violas e dueto vocal. Esta tradição segue até os dias atuais, tendo a dupla geralmente caracterizada por cantores com voz tenor (mais aguda), nasal e uso acentuado de um falsete típico. Enquanto o estilo vocal manteve-se relativamente estável ao longo das décadas, o ritmo, a instrumentação e o contorno melódico incorporaram aos poucos elementos de gêneros disseminados pela indústria cultural. Destacaram-se inicialmente, entre as duplas pioneiras nas gravações em disco, Zico Dias e Ferrinho, Laureano e Soares, Mandi e Sorocabinha e Mariano e Caçula. Foram as primeiras duplas a cantar principalmente as chamadas modas de viola, de temática principalmente ligada à realidade cotidiana - casos de "A Revolução Getúlio Vargas" e "A Morte de João Pessoa", composições gravadas pelo duo Zico Dias e Ferrinho, em 1930, e "A Crise" e "A Carestia", modas de viola gravadas por Mandi e Sorocabinha, em 1934. Gradualmente, as modificações melódicas e temáticas (do rural para o urbano) e a adição de novos instrumentos musicais consolidaram, na década de 1980, um novo estilo moderno da música sertaneja, chamado hoje de "sertanejo romântico" - primeiro gênero de massa produzido e consumido no Brasil, sem o caráter geralmente épico ou satírico-moralista e
menos frequentemente, lírico do "sertaneja de raiz".

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  • Dicionário Caipires
Conheça algumas maneiras do caboclo proziar sô!

Abancamos - Sentamo-nos em bancos.

Abrir-o-pala
- Fugir correndo.

Agarrar ou Garrar
- Principiar. Segurar. Tomar um caminho -"Garrei a estrada".

Bão-de-sá
- Bem temperada (comida).

Botá-a-cuié-torta
- Intrometter-se onde não é chamado.

Branca
- Aguardente de canna.

Catira ou Cateretê
- Dansa de caboclos formando duas linhas de seis ou mais pessoas, dois a dois, frente a frente, com violas. Cantam em dueto os cantadores seus amores ou os factos principaes do bairro e redondezas, respondendo o côro, sapateando nos intervaílos sob compassos marcados a palmas. O som dos pés no chão e as palmas formam variada musica.

Chumbeado
- Bebado.

Criozena
- Petroleo, Kerozene.

Encambitar
(atraz delle) - Correr em perseguição de alguem.

Enfiar a agua no espeto
- Vadiar.

Estrupicio
- Grande quantidade. Asnice.

Fuá
- Assustadiço. Desconfiado.

Garapa
- Caldo de canna de assucar.

In-riba
- Em cima.

Judiação
- Ao tratamento desnecessario.

Lombriga-assustada
- Medo.

Male-e-má
- Mais ou menos. Pouquissimo. Feito por cima, sem capricho.

Mumbava
- Individuo que vive parasitariamente em casa alheia.

Nome-feio
- Qualquer palavra contra a moral.

Passando estreito
- Vivendo com grande difficuldade.

Perna-molle
- Fracalhão. Medroso.

Pileque
- Bebedeira.

P'ramóde
- Por amor de...

Que-nem
- Similhante. Parecido. Equivalente.

Rêngo
- Que puxa uma perna. Descadeirado.

Supricante
- Individuo. Pessoa. Victima.

Tapéra
- Casa velha abandonada. Do tupy-guarany: "Taba", casa povoada, "puêra", que foi. "Tapé", "tabapuêra" que foi moradia.

Tarasca
- Mulher assanhada, irrequieta, dada a engraçada.

Trem
- Qualquer objecto. Individuo inutil.

Urucubaca
- Azar. Infelicidade. Febre eruptiva.

Virar bicho - Zangar-se.

Do livro de autoria de Cornélio Pires
(Musa Caipira e As Estrambóticas Aventuras do Joaquim Bentinho)


quinta-feira, 22 de julho de 2010

Receitas da roça

Arroz com Frango (Galinhada)

Ingredientes
- 1 galinha caipira (pequena)
- 3 dentes de alho
- 1 cebolas grande
- 3 colheres de sopa de óleo ou azeite de oliva
- 1 lata de milho em conserva
- sal e pimenta a gosto
- salsa picada
- 2 xícaras de chá de arroz
- 6 xícaras de chá de água fervente


Modo de preparar:


Três horas antes, tempere a ave apenas com alho e sal. Leve-a ao fogo em uma panela com o óleo e deixe dourar. Acrescente os temperos (cebola, sal em pequena quantidade, pimenta) e continue refogando, acrescentando água aos poucos, até que a galinha esteja macia. Este é o segredo do sabor do prato. E por quê pouco sal? Porque você já salgou a galinha antes...E sal demais estraga o prato e provoca hipertensão. Portanto, cuidado com o sal!

Quando o frango caipira já estiver macio, junte o arroz. Continue a refogar, mexendo com uma colher de pau, até que o arroz seque e frite.

Junte as 5 xícaras de água ferventes. Quando o arroz estiver quase
cozido, com pouca água na panela, acrescente o milho verde. No final, com o arroz ainda úmido, ponha mais salsa picada, desligue o fogo e tampe a panela. Deixe descansar por 10 minutos. Você pode servir com uma bela salada de folhas: rúcula e alface aceboladas, mais tomate em rodelas.

BOM APETITE.